Pesquisas Escolares
*Ciências
*História
*Geografia
*Português
*Matemática
*Curiosidades Matemáticas
Apostilas
*Word
*Excel
*Power Point
*Conceitos básicos
*Corel Draw
*Accsess
Dicas de jogos
*Psone
*Playstation2
*Nintendo
64
*Xbox
*Ilusões de ótica
Jogos on-line
*Jogo
do pingüim
|
Poliomelite
A
poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado
poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3). É mais comum em
crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos.
A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a
pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações
onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças
de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão
particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por
contaminação fecal de água e alimentos.
A
multiplicação inicial do poliovírus ocorre nos locais por onde penetra
no organismo (garganta e intestinos). Em seguida dissemina-se pela
corrente sangüínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua
multiplicação pode ocasionar a destruição de células (neurônios
motores), o que resulta em paralisia flácida.
Uma
pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença.
Quando apresenta a doença, pode desenvolver paralisia flácida
(permanente ou transitória) ou, eventualmente, evoluir para o óbito. A poliomielite
não tem tratamento específico.
- O
modo de aquisição (porta de entrada) do poliovírus é oral
(transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral).
- O
período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas
(incubação) varia de 3 a 35 dias.
- Mais
de 95% das infecções são assintomáticas ou têm poucos sintomas (subclínicas).
A relação entre o número de casos sem sintomas e os que desenvolvem
paralisia flácida é de cerca de 200:1.
- As
manifestações iniciais são parecidas com as de outras doenças
virais. Podem ser semelhantes às infecções respiratórias (febre e
dor de garganta, "gripe") ou gastrointestinais (náuseas, vômitos,
dor abdominal, constipação -"prisão de ventre"- ou,
raramente, diarréia).
- Menos
de 2% das pessoas infectadas apresentam paralisia flácida. A
paralisia geralmente começa entre 1 e 10 dias depois dos
sintomas iniciais e progride por 2 a 3 dias.
- Entre
1 e 2% das pessoas que desenvolvem sintomas apresentam meningite, sem
desenvolver paralisia flácida.
- Entre
os casos que desenvolvem paralisia flácida, 2 a 5% das crianças e 15
a 30% dos adultos evoluem para o óbito.
- Desenvolvendo
ou não sintomas o indivíduo infectado elimina o poliovírus nas
fezes, o qual pode ser transmitido para outras pessoas por via oral. A
eliminação é mais intensa 7 a 10 dias antes do início dos
sintomas, mas o poliovírus pode continuar a ser eliminado durante 3 a
6 semanas.
- A
transmissão do poliovírus ocorre mais freqüentemente a partir do
indivíduo assintomático.
Situação
da poliomielite no Brasil
O
último caso de poliomielite paralítica no Continente Americano
ocorreu no Perú em agosto de
1991. Em 1994, uma Comissão Internacional atestou a eliminação da
transmissão do poliovírus
selvagem no Continente, o primeiro a eliminar a poliomielite. No
Brasil, o último caso de poliomielite com o vírus selvagem
ocorreu em 1989, e o país recebeu o Certificado de Eliminação da
Poliomielite em 12 de dezembro de 1994. A cobertura vacinal no Brasil
atingiu 89% da população alvo em 1997 (Tabela), sendo feita aos 2, 4, 6
e 15 meses de idade. Além disso, no Brasil é realizada anualmente uma Campanha
Nacional de Imunização, na qual são vacinadas crianças com
até cinco anos, o que aumenta a cobertura contra a poliomielite.
Cobertura
com a vacina oral contra a poliomielite no Brasil: 1993 - 1997
Ano
|
1993
|
1994
|
1995
|
1996
|
1997
|
Cobertura
|
91%
|
89%
|
83%
|
78%
|
89%
|
Fontes:
Ministério da Saúde, OMS
A
poliomielite ainda ocorre em várias partes do mundo (África,
Subcontinente Indiano), e o movimento global de pessoas tem crescido
vertiginosamente nos últimos anos. Existe, portanto, uma ameaça
constante de reintrodução do poliovírus selvagem em países como o
Brasil, de onde a doença já foi eliminada, o que torna mandatória a
vigilância continuada dos casos de paralisia flácida e a manutenção
dos programas de imunização para a poliomielite.
Recomendações
para o viajante
A
poliomielite pode ser evitada através de vacinação e
medidas de prevenção contra doenças transmitidas por contaminação
fecal de água e alimentos. Existem dois tipos de vacinas
, a Sabin (oral, com vírus atenuado) e a Salk (injetável,
com vírus inativado). O Cives recomenda às pessoas com viagem
programada para áreas de risco para poliomielite, que:
- Atualizem
seus esquemas vacinais contra poliomielite, independentemente
da idade (criança ou adulto).
- Adotem
medidas de prevenção contra outras doenças transmitidas por
contaminação fecal de água e alimentos (cólera, febre
tifóide, hepatite A, hepatite E).
- Atualizem
a vacina contra febre amarela (validade de 10 anos) e outras
doenças imunopreveníveis (como sarampo).
- Utilizem
medidas de proteção individual contra a malária (paludismo),
doença endêmica no Continente Africano e Subcontinente Indiano,
contra a qual não existem vacinas disponíveis.
- Em
países que estiveram ou ainda estão em guerra, não andem por áreas
desabitadas ou evitadas pela população local, pelo risco acidentes
com minas terrestres explosivas.
|