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Hanseníase

Também chamada lepra ou morféia, a hanseníase é uma das doenças que mais atemorizaram o homem de todos os tempos. Durante séculos, os indivíduos afetados pela moléstia foram submetidos ao isolamento e confinados em leprosários ou lazaretos, ilhas e outros lugares separados dos núcleos habitacionais, onde levavam vida de sofrimento e miséria.
A hanseníase é uma doença infecciosa de origem bacteriana causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), desccrito pelo médico norueguês Gerhard Armauer Hansen em 1874. As formas de transmissão ainda não estão devidamente esclarecidas, mas acredita-se que o contágio pode ser direto, de uma pessoa para outra, sendo necessário um convívio prolongado e íntimo, em condições sanitárias deficientes, ou indireto, por meio da roupa. O período de incubação é prolongado, entre três e seis anos.
Associada à miséria, más condições de higiene, habitações precárias e educação sanitária deficiente, a hanseníase foi totalmente erradicada nos países desenvolvidos, como os da Europa central e da Escandinávia. Muito de sua fama desapareceu, graças aos progressos da medicina, que constatou ser ela bem menos contagiosa do que outras doenças infecciosas comuns e curável com tratamento adequado e contínuo.
Outro fator associado à propagação da hanseníase é o clima quente e úmido, condição típica dos trópicos. Entre as áreas onde ainda é grande a incidência da hanseníase estão a Índia, Zaire, Costa do Marfim, República Centro-Africana, algumas partes do Brasil, as Guianas e diversas regiões da Oceania. Nas zonas de clima temperado sua importância é mínima e fica reduzida a certos pontos da região mediterrânea.
A hanseníase ataca principalmente o tecido epidérmico e o sistema nervoso, e se manifesta de duas formas básicas: a lepra lepromatosa (L), origem de numerosas lesões em mucosas, pele, olhos e membros, caracterizada por ulcerações e necrose (destruição e morte) dos tecidos afetados; e a lepra tuberculóide (T), com uma série de placas e manchas na pele, dolorosas a princípio e depois indolores em conseqüência da perda da sensibilidade na região afetada. Em ambas as formas se dão alterações do sistema nervoso.
O tratamento baseia-se na administração de sulfonas e seus derivados. Entre as medidas de manutenção estão a administração de antibióticos em infecções secundárias, a adequada dieta alimentar e a reabilitação mediante procedimentos ortopédicos. Embora haja controvérsia a respeito, algumas correntes defendem que, em grupos de alto risco, a administração da vacina contra a tuberculose, a BCG (Bacilo Calmet-Guérin), oferece bons resultados de imunização. Essa reação, aparentemente, está ligada às semelhanças entre o bacilo de Hansen e o bacilo de Koch.
Hanseníase no Brasil: A incidência da hanseníase ainda é alta no Brasil e constitui grave problema de saúde pública. Relacionada às características do pauperismo, a doença existe em todos os estados brasileiros, porém principalmente nos situados na Amazônia, onde também encontra as condições climáticas ideais para a difusão.
Pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, refizeram no começo da década de 1990 o roteiro da expedição científica à Amazônia que Carlos Chagas liderou em 1912. Constataram que, quase oitenta anos depois, são piores as condições de saneamento básico, mais graves os níveis de miséria e ausente a assistência médica preventiva na região, o que explica o aumento de casos de doenças endêmicas.